"Olhas-me a direito
fundo como a tua entrada em mim
as mãos nos meus cabelos
em fúria os corpos que se dão
em sim e não
gotas de suor de sémen em saliva
escorrem orgasmos
violentos suaves
vorazes
lábios murmurios sussurros
tráfico de almas
sagrado o prazer com que me fustigas o rosto
as nádegas
o oposto
em melodias de anil
em segredo o desejo de sermos
fonte
quando a água nos afunda em plano inclinado
a tua sombra sobre mim
rasga-me o ventre com espasmos de gritos roucos
desmaio em voos onde te resgato
de todas as vezes
sempre e cada vez mais dentro dos meus olhos
que me olhas
acaricias-me
s.e.i.o - a - s.e.i.o.
até o mamilo ir de encontro à tua vontade
de s(ab)er
vagabundo este amor
profundo.
Levanto-me, sorrio ao teu sonho de rei e vou com a musica."
Anamar (pseudónimo)
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