"Fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido
com roupa passada a ferro, restos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas."
"Fingir que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes: na rua
onde os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam.
Nós olhamo-nos."
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam.
Nós olhamo-nos."
"Fingir que está tudo bem: o sangue a ferver na pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer? pergunto dentro de mim: será que vou morrer?
olhas-me e só tu sabes: ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer: amor e morte.
Fingir que está tudo bem. Ter de sorrir.
Um oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga."
«Fingir que está tudo bem»
Poema de José Luis Peixoto in "A Criança em Ruinas"
(todos os Direitos reservados)
Obrigado :))))
olhas-me e só tu sabes: ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer: amor e morte.
Fingir que está tudo bem. Ter de sorrir.
Um oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga."
«Fingir que está tudo bem»
Poema de José Luis Peixoto in "A Criança em Ruinas"
(todos os Direitos reservados)
Obrigado :))))
Fotografias de Zena Holloway
(todos os Direitos reservados)
(todos os Direitos reservados)
3 comentários:
"...as pessoas não imaginam..."
Outra vez surpreendido... esperava encontrar... bem, os conteúdos estão, por assim dizer, mais vestidos, mas são imagens igualmente sugestivas, de outro modo... e gostei da música!
Shots...1 de Junho...
Bem me parecia que era demasiado eu...
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