" Existe, porque é real, tão real como o recorte nocturno da cidade por detrás da janela.
Existe, porque faz parte de ti, esse perfil de puta, esse longo perfil de puta, sussurrado ao telefone, murmurado por entre os contentores de um cais demasiado próximo do luxo e da decadência, sentido ao compasso dos saltos altos e das ideias confusas de tanto apetite e desejo descoordenado, por tanto para tão pouco tempo.
De ti, essa silhueta de puta, esse cheiro de puta percorrendo lentamente os corredores de um hotel no Soho, adivinhando a penumbra de um quarto, iluminado apenas pela cidade lá fora.
Essa hora, entre voos, onde a demora não é mais que uma lista de vinhos engolida sofregamente, onde cada bouquet te desenha a pele e te mantém no odor do quarto muito depois da tua partida.
Esse gemido entre gritos, essa voz de puta ecoando a noite até de manhã, que me enche a mente e me acompanha na procura do café perfeito, por entre as ruas desta cidade.
Um sintoma de transe, uma linha de baixo e um sintetizador que te revelam puta, que te desenham puta, que te motivam puta, que me transcendem no propósito de saber que existes, tão puta como as histórias que guardo para ti.
Estou à janela, é noite, encontro os edifícios e as luzes que a cidade me oferece, e procuro esse reflexo, uma imagem quase holograma cuja pincelada enquadre a safira, que o adjectivo de puta ultrapasse o vulgar e signifique o desejo como forma de arte. "
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22 maio 2010
...adoro
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5 comentários:
huuu huuuu!!! :D
Que fazia?
...dava-lhe com o chicote!
Hum Hum... pois, pois!
:-)
Ui!
Lindo!
Na minha perspectiva, se ela regressar (de surpresa)... tem que levar com o chicote!
Eu acho.
Ouch!
LOL
Beijos para todos ;-)
zás - tráz -páz
ah pois
tem de ir ao castigo ;)
adorei
obrigada por dares a conhecer
Bj*
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