08 fevereiro 2009

Succubus


Flutua, incorpórea, à cabeceira
Dos que procuram a retemperança
De uma madrugada calma e mansa
Nos braços de uma cama hospedeira.

Insinua-se ágil e penetrante
Por entre os lençóis de linho lavados
E enrola-se nos encaracolados
Pudicos cabelos do seu amante.

Ama quem escolhe e escolhe quem quer.
Sem ter forma, inventa-se mulher,
Faz-se debaixo de um corpo suado.

Succubus anjo demónio mulher
Ama-te quem desperto não te quer
Porém sonha contigo... acordado.


(Valter Ego)
(todos os Direitos reservados)

5 comentários:

Shelyak disse...

Impregnada nas mais profundas das entranhas...

Patrícia Manhão disse...

...nos pensamentos...nos sonhos...tanto que te parece um pesadelo..

Valter Ego disse...

Em nome meu e do AHD te digo: foi um enorme prazer ser escolhido por ti, na forma de um texto, para fazer parte do teu Acesso Restrito... um muito obrigado!;)

Beijo succu(bus)lento*

Patrícia Manhão disse...

Valter, este Acesso é muito pouco Restrito, como já deves ter reparado..lool

ADOREI este texto (aliás, gostei MESMO do teu blog)....e agora vou ser egoísta, mas o prazer foi todo meu..

Um Beijo (em cada bochecha)

Valter Ego disse...

Sabes que mais? Acho que vais gostar bastante de uma série de textos que colocarei no Amendual em breve – primeiro quero acabar de publicar pelo menos 2 ou 3 das obras que por lá ando a publicar, senão corro o risco de pôr poemas de todas as obras sem as terminar! Chama-se “Em nome do prazer, Helena, destróia...” e é uma visita poético-sexual (erótica, erógena, como lhe quiseres chamar) ao mundo da Ilíada de Homero...
P.S.: muito obrigado pelo elogio ao Amendual... o teu Acesso, sendo totalmente diferente na forma, não me é menos interessante no conteúdo!;)

 
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