"- Sempre te quis mais...mesmo antes do teu olhar se fixar no meu."
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"I take pleasure in my transformations. I look quiet and consistent, but few know how many women there are in me." Anais Nin
Pensou ... Patrícia Manhão
E eu quero brincar às escondidas contigo e dar-te as minhas roupas, e dizer que gosto dos teus sapatos e sentar-me nos degraus enquanto tu tomas banho, e massajar o teu pescoço e beijar-te os pés e segurar na tua mão e ir comer uma refeição, e não me importar se tu comes a minha comida e encontrar-me contigo no Rudy e falar sobre o dia, e passar à máquina as tuas cartas e carregar as tuas caixas e rir da tua paranóia, e dar-te cassetes que tu não ouves, e ver filmes óptimos, ver filmes horríveis e queixar-me da rádio, e tirar-te fotografias a dormir e levantar-me para te ir buscar café e brioches e folhados, e ir ao Florent beber café à meia-noite e tu a roubares-me os cigarros, e a nunca conseguir achar sequer um fósforo, e falar-te sobre o programa da televisão que vi na noite anterior, e levar-te ao oftalmologista e não rir das tuas piadas e querer-te de manhã mas deixar-te dormir um bocado, e beijar-te as costas e tocar na tua pele e dizer quanto gosto do teu cabelo, dos teus olhos, dos teus lábios, do teu pescoço, dos teus peitos, do teu rabo, do teu sexo, e sentar-me nos degraus a fumar até o teu vizinho chegar a casa e se sentar nos degraus a fumar, até tu chegares a casa, e preocupar-me quando estás atrasada, e ficar surpreendido quando chegas cedo, e dar-te girassóis e ir à tua festa e dançar até ficar todo negro, e pedir desculpa quando estou errado e ficar feliz quando me desculpas, e olhar para as tuas fotografias e desejar ter-te conhecido desde sempre, e ouvir a tua voz no meu ouvido e sentir a tua pele na minha pele, e ficar assustado quando estás zangada, e um dos teus olhos vermelho e o outro azul, e o teu cabelo para a esquerda e o teu rosto para oriente, e dizer-te que és lindíssima e abraçar-te quando estás ansiosa, e amparar-te quando estás magoada, e querer-te quando te cheiro e ofender-te quando te toco, e choramingar quando estou ao pé de ti e choramingar quando não estou, e babar-me para o teu peito, e cobrir-te à noite, e ficar frio quando me tiras o cobertor e quente quando não o fazes, e derreter-me quando sorris e desintegrar-me quando te ris, e não compreender porque é que pensas que eu te estou a deixar quando eu não te estou a deixar, e pensar como é que tu podes achar que eu alguma vez te podia deixar, e pensar quem tu és mas aceitar-te na mesma, e contar-te sobre o rapaz da floresta encantada de árvores-anjo que voou por cima do oceano porque te amava, e escrever-te poemas, e pensar porque é que tu não acreditas em mim, e ter um sentimento tão profundo que para ele não existem palavras, e querer comprar-te um gatinho, do qual teria ciúmes porque teria mais atenção que eu, e atrasar-te na cama quando tens de ir, e chorar como um bebé quando finalmente vais, e ver-me livre das baratas, e comprar-te prendas que tu não queres, e levá-las de volta outra vez, e pedir-te em casamento e tu dizeres não outra vez, mas eu continuar a pedir-te porque embora tu penses que eu não estou a falar a sério eu estou mesmo a falar a sério, desde a primeira vez que te pedi, e vaguear pela cidade pensando que ela está vazia sem ti, e querer aquilo que queres, e achar que me estou a perder mas saber que estou seguro contigo, e contar-te o pior que há em mim, e tentar dar-te o meu melhor porque não mereces menos, e responder às tuas perguntas quando deveria não o fazer, e dizer-te a verdade quando na verdade não o quero, e tentar ser honesto porque sei que preferes assim, e pensar que acabou tudo, mas ficar agarrado a apenas mais dez minutos antes de me atirares para fora da tua vida, e esquecer-me de quem eu sou e tentar chegar mais perto de ti, porque é maravilhoso aprender a conhecer-te e vale bem o esforço, e falar mau alemão contigo e pior ainda em hebreu, e fazer amor contigo às três da manhã e de alguma maneira, de alguma maneira, transmitir algum do esmagador, imortal, irresistível, incondicional, abrangente, preenchedor, desafiante, contínuo e infindável amor que tenho por ti.
Sarah Kane
Fotografia by Marco Guerra
(todos os Direitos reservados)
Pensou ... Patrícia Manhão
Estou a modos que inspirada.
Conheço alguem que vai ter uma sorte do c&$#lho , hoje.
Literalmente.
Já cá volto.
Ou não.
(aquilo é uma gilete, não é?)
Pensou ... Patrícia Manhão
Pensou ... Patrícia Manhão
Pensou ... Patrícia Manhão
Não sei o que se passa.
Eu detesto AC/DC.
A voz deste gajo não podia irritar-me mais. Todos estes agudos...enervam-me.
Mas apetece-me.
Estranho...
Vá lá um gajo entender esta merda.
Pensou ... Patrícia Manhão
CaloramaismolezaAmaispoucaproduçãoamaisLetargiaamais
erecçõesamaisOdoResamaisurinaamaismenordisposiçãoamais
FloresamaIsLiquidificaçãoamaiscoresamais
inérciaamaisHorasamaisdiaamaistentaçãOparaopecaminosoamais
insectosamaisindivíduoscomsanDáliasAmais
PessoasgordascompoUcaroupaamais
ausênciadoúnicogeladoqueagenTequerAmais
Pensou ... Patrícia Manhão
Pensou ... Patrícia Manhão
"...a resourceful bitch."
Pensou ... Patrícia Manhão
Já publiquei uma vez este texto, da Pauline Réage....gosto muito, tanto dele...
Agora sinto-o de uma forma diferente.
A mesma musica...mas de uma forma...diferente.
As palavras são as mesmas.
Porque me soam tão diferentes?
"Encontravam-se duas ou três vezes por semana, e nunca nas férias, e nunca nos fins-de-semana. O tempo que passavam juntos, ambos o roubavam à família e ao trabalho.
Nas tardes de Janeiro ou de Fevereiro, quando os dias se vão tornando mais compridos e o sol irradia, já do poente, beijavam-se à sombra das pontes.
Os seus refúgios mudavam frequentemente.
No carro.
No bosque.
No bosque cruzamo-nos com pessoas que nos reconhecem.
Restavam os quartos. O mesmo várias vezes seguidas. Ou outros, consoante o acaso.
Há estranhas amenidades na ténue iluminação dos quartos de hotel; o luxo modesto do vasto leito, tem os seus encantos.
E chega a altura em que já não podemos separar o ruído das palavras e dos suspiros e o contínuo zunido dos motores e o chiar dos pneus que sobem a rua.
Durante anos a fio, estas pausas furtivas, na trégua que se segue.....
De pernas emaranhadas e braços esticados...
Eles não tinham noite comum.
Urgia, de repente, a esta ou àquela hora de antemão fixada - o relógio não sai do pulso - voltar a partir.
Urgia, cada qual reencontrar a sua rua, a sua casa, o seu quarto, o seu leito de todos os dias, reencontrar aqueles a quem os ligava uma outra maneira de inexpiável amor, aqueles a quem o acaso, a juventude ou eles próprios se tinham dado de uma vez para sempre, e que ninguém pode abandonar nem ferir quando está no cerne das suas vidas."
Pauline Réage
(Quem não tem disponibilidade emocional para viver a dor, não a terá para se experimentar na consciência do prazer.)
Pensou ... Patrícia Manhão
Pensou ... Patrícia Manhão
LOL
Esta fui buscá-la mesmo ao fundo do baú.
A musica, digo.
Agora que a ouço novamente, acho que esta musica teve um papel fundamental...
LOOOOL
Ajudou à minha formação.
Definitivamente.
Pensou ... Patrícia Manhão
Pensou ... Patrícia Manhão
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