09 fevereiro 2013

Alter Ego




Recebido por e-mail.

"Negro e alguns tons de rosa nadando em vermelho, as luzes mantém-se escurecidas por tecidos, adivinham-se os movimentos e a electricidade que a cidade lá fora sabe desenhar. E o corpo. Deitado, encarpado, humedecido e deslumbrante por essa escuridão que o dedo soube criar. Esse corpo disposto e disponível, tela de odores e criação de impulsos onde a lâmina e a vela incandescente tecem caminhos de onde não se regressa. Das paredes movem-se sons criados por máquinas de teclas negras e brancas, ligados à energia que consomem por cabos de ouro. Existe algo eléctrico que se move pela escuridão do salão. Existem pequenos fragmentos de gemidos enquanto a acção não passa de alguma promessa velada. Existe o desejo de algo, ou muitos algos, sem guião ou argumento, apenas agulhas alinhadas que se usam ao acaso. E para esse acaso se manter afiado, não se exigem garantias nem limites. Não se prometem êxtases nem orgasmos. Exige-se apenas apetite e intensidade.
Bon apétit."



Adoro.








1 comentário:

Anónimo disse...

Muito apetite ;)

 
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